Nesta terça-feira (10/01), o Google anunciou mudanças em seu serviço de buscas. O novo recurso visa integrar mais as redes sociais aos resultados de busca da empresa. A ideia é apresentar conteúdos de amigos postados nas redes sociais que sejam relacionados ao termo procurado. Apesar da novidade ter sido vista com bons olhos por alguns, um dos sites mais populares do momento criticou as mudanças. Segundo a agência de notícias Reuters, o Twitter descreveu as alterações no sistema de buscas como "ruins" para os consumidores e empresas de conteúdo da web.
"Como vimos repetidas vezes, as notícias urgentes surgem primeiro no Twitter. Como resultado, contas do Twitter e tuítes são muitas vezes os resultados mais relevantes de busca do Google", afirmou a companhia em comunicado. "Estamos preocupados com a possibilidade de que encontrar essas informações fique mais difícil para todos. Cremos que as mudanças são ruins para as pessoas, editores, organizações noticiosas e usuários do Twitter", completou o microblog.
Em resposta às críticas, o Google disse estar surpreso com os comentários do Twitter, pois a rede social optou em não renovar o contrato com eles no ano passado. Um acordo assinado em 2009, que permitia que o Google oferecesse retornos em tempo real sobre mensagens do Twitter como parte de seus resultados de busca, expirou em julho. Com isso, conteúdos publicados no Twitter não apareceriam entre os mais relevantes no site da gigante de buscas, como era de costume.
Com as mudanças reveladas nesta terça-feira, o motor de busca da Google fez com que resultados do Google+ e Google Fotos (antigo Picasa) tenham cada vez mais destaque nos resultados de pesquisa do site. Ou seja, o Twitter ficaria em segundo plano e dividiria os méritos de ser a rede responsável pelas informações em tempo real.
As desavenças surgem em um momento delicado para o Google, no qual a companhia vem enfrentando uma investigação antitruste pela suspeita de que favorece os seus serviços nos resultados de buscas apresentados. O porta-voz do Twitter não quis comentar se a empresa estava pensando em recorrer às autoridade antitruste para reclamar das mudanças.